Por Pedro Henrique, estudante de Relações Públicas na FECAP e militante do Coletivo Graúna.
Após quatro anos de um mandato que negligenciou São Paulo, votar nessas eleições municipais será muito mais do que apertar um botão. Esse voto representará um compromisso firme com o resgate da cidade deste estado de esquecimento e abandono, além de conter os interesses nefastos — e, ouso dizer, fascistas — de seus principais adversários.
As controvérsias envolvendo o atual mandatário, Ricardo Nunes, reforçam a necessidade urgente de uma mudança no comando da cidade, que, desde 2017, é governada por prefeitos de direita. Nunes enfrenta investigações no caso da "máfia das creches", um esquema de lavagem de dinheiro que desviou verbas destinadas à educação infantil. Embora ele negue as acusações, o simples fato de seu nome figurar em investigações da Polícia Federal levanta sérias dúvidas sobre sua capacidade de gerir a cidade de forma honesta e eficiente. Seus quase três anos à frente da prefeitura demonstram que Ricardo Nunes é inapto e perigoso para o cargo e para a cidade de São Paulo. Em várias ocasiões, Nunes foi descrito como um prefeito decorativo, inapto, ausente e sem pulso para administrar uma cidade da magnitude de São Paulo.
Além da figura controversa de Nunes, sua chapa para as eleições de 2024 conta com uma figura ainda mais perversa: o ex-chefe da ROTA, Ricardo Mello Araújo, indicado por Jair Bolsonaro. Mello já defendeu publicamente que a abordagem policial nas periferias e no bairro dos Jardins deve ser diferenciada, pois, segundo ele, "são pessoas diferentes" que transitam por lá. Esse discurso evidencia um pensamento elitista e uma visão segregadora de que a segurança pública deve discriminar os mais vulneráveis, desmascarando o discurso enganoso de Nunes de governar para todos. Mello também foi responsável por militarizar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), numa tentativa de intimidar sindicalistas e servidores, o que gerou uma ação judicial do Ministério Público do Trabalho contra a CEAGESP. Essa ação é mais uma demonstração do viés autoritário e repressivo que permeia o atual prefeito e seu candidato a vice.
Isso sem contar a qualidade dos demais candidatos, principalmente o forasteiro Pablo Marçal, que tem demonstrado que sua única motivação para estar na disputa pela prefeitura de São Paulo é o aumento na venda de seus cursos online e produzir vídeos para a sua bolha das redes sociais, mirando uma cadeira na Cãmara dos Deputados em 2026.
A única alternativa possível a esse mal tem nome: Guilherme Boulos. Conhecido por sua atuação em movimentos sociais, Boulos tem destacado seu compromisso com as questões sociais e urbanas urgentes da cidade de São Paulo e, principalmente, dos extremos esquecidos pela atual gestão e pelas que vieram antes.
Entre suas propostas, está a adoção do ensino integral na educação fundamental, combinando aulas pela manhã e atividades culturais e esportivas à tarde, além da oferta de reforço escolar, remetendo aos bem-sucedidos CEUs, que integram educação, cultura e lazer. Boulos pretende expandir essa lógica para todas as escolas municipais, fortalecendo a educação paulistana. Pensando também na juventude, ele propõe a implementação de centros de oportunidades em regiões periféricas, oferecendo cursos de formação profissional, como robótica, design e audiovisual, preparando os jovens para o mercado de trabalho do futuro.
Na segurança, que para 23% dos paulistanos é o principal problema da cidade, Boulos planeja aumentar o efetivo da GCM, com foco no policiamento preventivo, além da criação de uma força-tarefa dedicada ao combate ao roubo e furto de celulares, alinhando inteligência e investigações para atacar o problema de maneira eficaz.
Boulos conta com a parceria de Marta Suplicy como candidata a vice-prefeita, considerada por muitos a melhor prefeita da história de São Paulo. Não à toa, Marta permanece no imaginário das populações mais pobres e periféricas como uma das raras figuras que, ao ocupar o cargo de prefeita de São Paulo, realmente se voltou para as necessidades das regiões mais afastadas da cidade.
A escolha de Marta Suplicy como candidata à vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos é um grande acerto, pois sua trajetória como prefeita de São Paulo demonstra seu compromisso com a inclusão social e a melhoria da cidade. Entre suas realizações estão a criação do Bilhete Único, que facilitou o transporte para milhões de paulistanos, e a implementação dos CEUs, que transformaram a educação, cultura e lazer em áreas carentes. Apenas com a implementação dos CEUs, Marta garantiu o acesso de milhares de jovens periféricos à cultura e ao esporte, ampliando os horizontes dessas crianças e adolescentes.
Além disso, Marta ampliou o atendimento à saúde, expandindo o Programa Saúde da Família e melhorando o acesso a creches e pré-escolas. Seu histórico inclui investimentos em habitação popular e na urbanização de favelas, com a entrega de títulos de concessão de áreas públicas que beneficiaram a população paulistana. Noventa mil famílias tiveram suas moradias oficializadas sob sua gestão.
Marta traz um conhecimento valioso que fortalece a chapa, evidenciando a capacidade de implementar políticas inovadoras e inclusivas que melhoram a vida dos cidadãos.
Votar em Guilherme Boulos e Marta Suplicy é optar por uma cidade que prioriza a inclusão social, a justiça e a periferia. A experiência de Marta como prefeita e o compromisso de Boulos com as causas sociais e urbanas são a combinação ideal para enfrentar os desafios de São Paulo. Juntos, Marta e Boulos representam a combinação de coragem e experiência, com um projeto comprometido em transformar São Paulo em uma cidade mais justa, acolhedora e próspera para todos.
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